sussa kalunga


"Na sussa, as marcas do camdomblé são evidentes: as mulheres dançam girando, com vestidos coloridos, ora aproximando os corpos, ora afastando. Muitas vezes bebem enquanto dançam e o ritmo é marcado pelos cantadores e pelos instrumentos. As letras, normalmente têm duplo sentido (mencionando o baixo- corporal) e as mulheres gargalham, gritam e se movimentam em uma espécie de transe. A sussa é tocada pelos músicos foliões. Aparentemente é o único gênero musical que permite a presença da mulher como instrumentista – elas tocam a buraca (espécie de mala rústica de madeira para guardar artefatos durante os deslocamentos em burros). Ela têm variações. Tantos os homens, quanto as mulheres podem cantar. Ela pode ser dançada entre casais, com os corpos se aproximando e se afastando, dando “umbigadas”. Em outros momentos, somente os homens cantam e somente as mulheres dançam. Nesse caso, os volteios são mais constantes, lembrando o candomblé."
FESTEJO QUILOMBOLA: O KALUNGA, O DIVINO, O VERSO Augusto Rodrigues da Silva Junior